O Tiago Marques respondeu às perguntas e afirmações que lhe haviam sido lançadas anteriormente. Como havia feito na ocasião prévia, responderei ponto por ponto, embora a prática talvez não seja de maior agrado como se pode ver de seguida.
Meu caro Tiago, eu citei a fonte pela mesma ordem de ideias. Apenas copiei frases de distintos parágrafos quando delineava uma incoerência no discurso. As frases soltas dificilmente podem ter outro sentido contextual. Se em algum dos casos isso aconteceu, gostava que mo apontasses porque em todas as frases que transcrevi, não me parece que existam dúvidas acerca do sentido do que foi dito. Louvo a tua determinação ao responder-me novamente, todavia. É relevante que assumas a impossibilidade da mudança de opinião de ambas as partes mas que, ainda assim, decidas retorquir sobre o assunto. Ao ponto de me pedir uma resposta.
Eu não te acusei de nada. Desde o primeiro comentário teu que me falas da separação dos regimes totalitários e do "socialismo democrático" sem que eu sequer tenha mencionado o assunto em algum dos artigos que tu comentaste. Mais uma vez, à semelhança da questão do Louçã, falhas em compreender a diferença entre a afirmação e a ironia. Lamento a tua confusão.
Não compreendo onde é que isso contradiz o que eu afirmei. A tua liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros. É simples. É a mesma razão pela qual não deves matar. Não compreendo que te possa fazer tal confusão ao ponto de me quereres explicar a mim que a liberdade tem limites porque não podes matar uma pessoa. Isso faz parte da premissa porque esse teu professor (que é um granda anormal) tem o direito de não ser morto nem agredido. Recomendo-te a leitura do axioma da não-agressão, uma das pedras angulares dos princípios liberais. E, já agora, não me tentes doutrinar sobre o que é a liberdade, és tu que estás a defender o socialismo. Isso, só por si, já diz muito.
Em última instância, tudo é física. A física é a rainha de todas as ciências. Em termos macroscópicos, é possível criar outras ciências mas todas elas se baseiam, no fundo, em princípios dados pela física. Ciências humanas, como a psicologia, utilizam uma metodologia diferente devido à complexidade do próprio sistema físico em questão. Ainda assim, acho que não haverá nenhum psicólogo que me venha dizer que o cérebro não funciona por interacções e impulsos eléctricos. Como eu dizia, sugerir que há algo mais para além do que pode ser explicado pela ciência (matéria/energia), é falar de qualquer coisa que escapa aos limites do tangível e, como tal, é falar de crenças. E se vamos falar de crenças, perdemos o fio à conversa porque eu estou a falar de factos. Consegues provar cientificamente que conceitos como justiça e bondade não serão alguma vez explicados de tal forma? Para muita gente talvez seja uma visão negativa da ciência mas é esse o seu âmbito. Doesn't the name "neurophysics" ring any bell?
1. "Desculpa a tardia resposta às tuas novas entradas mas tenho tido bastante trabalho com o curso.Bem, para começar gostaria de dizer que nós estamos pura e simplesmente em desacordo e que esta discussão não fará mudar a opinião de nenhum de nós.
Antes de mais não considero muito justa a tua resposta, dado que tu retiras frases do meu discurso que soltas podem ter uma interpretação diferente."
Meu caro Tiago, eu citei a fonte pela mesma ordem de ideias. Apenas copiei frases de distintos parágrafos quando delineava uma incoerência no discurso. As frases soltas dificilmente podem ter outro sentido contextual. Se em algum dos casos isso aconteceu, gostava que mo apontasses porque em todas as frases que transcrevi, não me parece que existam dúvidas acerca do sentido do que foi dito. Louvo a tua determinação ao responder-me novamente, todavia. É relevante que assumas a impossibilidade da mudança de opinião de ambas as partes mas que, ainda assim, decidas retorquir sobre o assunto. Ao ponto de me pedir uma resposta.
2. Quando me acusas de eu poder estar a confessar involuntariamente que apoio regimes totalitários, revelas que não compreendes muito bem o meu comentário. Se fosse esse o caso, nunca dirias uma coisa dessas. Eu disse aquela história de "nem toda a gente de esquerda apoiar regimes totalitários" para identificar a minha posição quanto à liberdade.
Eu não te acusei de nada. Desde o primeiro comentário teu que me falas da separação dos regimes totalitários e do "socialismo democrático" sem que eu sequer tenha mencionado o assunto em algum dos artigos que tu comentaste. Mais uma vez, à semelhança da questão do Louçã, falhas em compreender a diferença entre a afirmação e a ironia. Lamento a tua confusão.
3. Novamente, a liberdade é um bem ESSENCIAL (parece que não compreendeste muito bem esta minha frase do comentário anterior). Parece é que, infelizmente, tu não compreendes bem o conceito de liberdade. As pessoas devem de facto ser livres, poder exprimir-se livremente, frequentar os locais que bem entenderem, poder escolher a religião, orientação sexual, etc, que mais acharem adequadas para si sem se sentirem discriminadas no trabalho e/ou sociedade. Enfim, mais uma infinidade de direitos e privilégios que devem estar disponíveis para toda a gente. No entanto, as pessoas não são livres de fazer o que lhes dá na gana. Eu estou numa aula e penso: "Este professor é um granda anormal". Obviamente, não tenho a liberdade de lhe enfiar um balázio nas fuças. Há que conhecer os limites das nossas liberdades.
Não compreendo onde é que isso contradiz o que eu afirmei. A tua liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros. É simples. É a mesma razão pela qual não deves matar. Não compreendo que te possa fazer tal confusão ao ponto de me quereres explicar a mim que a liberdade tem limites porque não podes matar uma pessoa. Isso faz parte da premissa porque esse teu professor (que é um granda anormal) tem o direito de não ser morto nem agredido. Recomendo-te a leitura do axioma da não-agressão, uma das pedras angulares dos princípios liberais. E, já agora, não me tentes doutrinar sobre o que é a liberdade, és tu que estás a defender o socialismo. Isso, só por si, já diz muito.
4. No entanto, o homem, é mais que um amontoado de matéria. É toda uma máquina bastante complexa, cujo estudo sai fora da área de conhecimento da física. Por algum motivo existe a biologia e a psicologia. Com o homem e com o pensamento racional nasceram alguns conceitos. Conceitos como Justiça, Bondade não podem de forma alguma ser explicados cientificamente e são, no meu entender fundamentais.
Em última instância, tudo é física. A física é a rainha de todas as ciências. Em termos macroscópicos, é possível criar outras ciências mas todas elas se baseiam, no fundo, em princípios dados pela física. Ciências humanas, como a psicologia, utilizam uma metodologia diferente devido à complexidade do próprio sistema físico em questão. Ainda assim, acho que não haverá nenhum psicólogo que me venha dizer que o cérebro não funciona por interacções e impulsos eléctricos. Como eu dizia, sugerir que há algo mais para além do que pode ser explicado pela ciência (matéria/energia), é falar de qualquer coisa que escapa aos limites do tangível e, como tal, é falar de crenças. E se vamos falar de crenças, perdemos o fio à conversa porque eu estou a falar de factos. Consegues provar cientificamente que conceitos como justiça e bondade não serão alguma vez explicados de tal forma? Para muita gente talvez seja uma visão negativa da ciência mas é esse o seu âmbito. Doesn't the name "neurophysics" ring any bell?
5. Um homem que não passa de "um mamífero que apenas luta pela sua auto-preservação" é para mim uma besta, merecedora de menos respeito que os restantes animais pois é dotado de uma coisa maravilhosa chamada de razão que não lhe dá qualquer uso. Se não pensas da mesma forma, então acabaste de ficar a saber o que eu penso de ti.
Há uma expressão em castelhano que me ocorreu quando disseste isso. Ladran, luego cabalgamos. Temo que também andes a atacar um espantalho. Mas gostei, até porque puseste aspas e tudo, como se fosse uma citação minha. Vai lá ver o meu texto outra vez onde eu digo: O Homem não é bom nem é mau – o Homem é um mamífero que, como qualquer outra espécie, luta pela sua auto-preservação como entidade individual e colectiva sob a forma de hereditariedade genética. Onde é que tu leste esse apenas que, em teoria, citaste? Deliciosa foi a forma pouco subtil de, (in)directamente, me tentares chamar besta. Outra coisa que não entendi foi como concluis que a razão humana não é usada por um mamífero que luta (apenas?) pela sua auto-preservação. Tu disseste que tinha andado ocupado com o teu curso e por isso não me pudeste responder. Andas a tentar licenciar-te por que razão? Não será para garantir a tua auto-subsistência?
(cont.)
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