O modelo social americano
(...) "O jornal espanhol El Mundo publicou em 1 de Setembro um extenso trabalho sob o título "A pobreza dispara nos Estados Unidos". Os dados apresentados são do departamento de impostos. Nos Estados Unidos, esclareça-se, todos os maiores de idade são obrigados a tornar-se contribuintes, ainda que na declaração anual de rendimentos fiquem isentos de impostos. O ano fiscal abrange o segundo semestre de determinado ano e o primeiro do seguinte. De modo que, geralmente no mês de Agosto, tornam-se públicos os dados relativos à distribuição da população segundo faixas de rendimentos.
As famílias com rendimentos inferiores a 20 mil dólares anuais formam um grupo à parte por uma razão que o trabalho mencionado omite. São beneficiárias de um programa de rendimento mínimo, financiado pela Segurança Social, fundo constituído com contribuições obrigatórias universais. As famílias que não alcançam esse patamar recebem, do mencionado fundo, a correspondente complementação. Têm ainda acesso à assistência médico-hospitalar mantida pelo programa denominado Medical Care, mencionado no trabalho de El Mundo, mas de molde a minimizar o seu significado.
No exercício fiscal 2004-2005, as famílias com rendimentos inferiores àquela quantia corresponderam a 12,7 por cento da população. O autor do texto não se dá conta da real magnitude dos números com que está a lidar e, ainda que efectue a conversão em euros (pouco menos de 16 mil; mais ou menos 1350 mensais), tenta apresentar o quadro como se correspondesse à situação de indigência. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, rendimentos de 1350 euros mensais de modo algum configuram situação de indigência. Mais grave é a suposição de que a Social Security equivaleria ao Welfare europeu." (...)
António Paim, Professor de Ciência Política (in Público) [sem ligação]
(via Biblioteca de Babel)
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Sweden: Poorer Than You Think
One of the enduring myths of the "Third Way" welfare state is that a nation as a whole can have a high standard of living--even if no one really has to work--as long as government transfers massive amounts of wealth from those who are well off to those who are less well off. For the past four decades, we have been inundated with news stories, books, and public commentary, all of which have exhorted us to be like Sweden.
The Swedes, we have been told, enjoy free medical care, generous welfare benefits, time off from work, and subsidies for just about everything. When one counters that Swedes pay enormously high taxes, the standard reply is, "That is true, but look at what they receive for their payments."
According to a recent study, however, the cat is out of the bag. Relative to household in the United States, Swedish family income is considerably less. In fact, the study concludes, average income in Sweden is less than average income for black Americans, which comprise the lowest-income socioeconomic group in this country.
The research came from the Swedish Institute of Trade, which, according to Reuters, "compared official U.S. and Swedish statistics on household income as well as gross domestic product, private consumption and retail spending per capita between 1980 and 1999."
The study used "fixed prices and purchasing power parity adjusted data," and found that "the median household income in Sweden at the end of the 1990s was the equivalent of $26,800, compared with a median of $39,400 for U.S. households." Furthermore, the study points out that Swedish productivity has fallen rapidly relative to per capital productivity in the USA.
(...)
While people can debate the present condition of Swedes in Stockholm versus blacks in Harlem, there is a deep issue here that people seem to forget when it comes to welfare states: they are destructive at their roots. Advocates of welfarism concentrate only upon distribution while vilifying production. Such a state of affairs cannot go on forever as governments are forced to cannibalize their own capital structure over time in order to make the system to continue to work.
(...)
While they prattle on about their moral superiority and their egalitarianism, however, something else is happening. They are slowly becoming poorer and poorer, and the welfare state cannot save them. It can only accelerate their downward slide.
(...) "O jornal espanhol El Mundo publicou em 1 de Setembro um extenso trabalho sob o título "A pobreza dispara nos Estados Unidos". Os dados apresentados são do departamento de impostos. Nos Estados Unidos, esclareça-se, todos os maiores de idade são obrigados a tornar-se contribuintes, ainda que na declaração anual de rendimentos fiquem isentos de impostos. O ano fiscal abrange o segundo semestre de determinado ano e o primeiro do seguinte. De modo que, geralmente no mês de Agosto, tornam-se públicos os dados relativos à distribuição da população segundo faixas de rendimentos.
As famílias com rendimentos inferiores a 20 mil dólares anuais formam um grupo à parte por uma razão que o trabalho mencionado omite. São beneficiárias de um programa de rendimento mínimo, financiado pela Segurança Social, fundo constituído com contribuições obrigatórias universais. As famílias que não alcançam esse patamar recebem, do mencionado fundo, a correspondente complementação. Têm ainda acesso à assistência médico-hospitalar mantida pelo programa denominado Medical Care, mencionado no trabalho de El Mundo, mas de molde a minimizar o seu significado.
No exercício fiscal 2004-2005, as famílias com rendimentos inferiores àquela quantia corresponderam a 12,7 por cento da população. O autor do texto não se dá conta da real magnitude dos números com que está a lidar e, ainda que efectue a conversão em euros (pouco menos de 16 mil; mais ou menos 1350 mensais), tenta apresentar o quadro como se correspondesse à situação de indigência. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, rendimentos de 1350 euros mensais de modo algum configuram situação de indigência. Mais grave é a suposição de que a Social Security equivaleria ao Welfare europeu." (...)
António Paim, Professor de Ciência Política (in Público) [sem ligação]
(via Biblioteca de Babel)
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Sweden: Poorer Than You Think
One of the enduring myths of the "Third Way" welfare state is that a nation as a whole can have a high standard of living--even if no one really has to work--as long as government transfers massive amounts of wealth from those who are well off to those who are less well off. For the past four decades, we have been inundated with news stories, books, and public commentary, all of which have exhorted us to be like Sweden.
The Swedes, we have been told, enjoy free medical care, generous welfare benefits, time off from work, and subsidies for just about everything. When one counters that Swedes pay enormously high taxes, the standard reply is, "That is true, but look at what they receive for their payments."
According to a recent study, however, the cat is out of the bag. Relative to household in the United States, Swedish family income is considerably less. In fact, the study concludes, average income in Sweden is less than average income for black Americans, which comprise the lowest-income socioeconomic group in this country.
The research came from the Swedish Institute of Trade, which, according to Reuters, "compared official U.S. and Swedish statistics on household income as well as gross domestic product, private consumption and retail spending per capita between 1980 and 1999."
The study used "fixed prices and purchasing power parity adjusted data," and found that "the median household income in Sweden at the end of the 1990s was the equivalent of $26,800, compared with a median of $39,400 for U.S. households." Furthermore, the study points out that Swedish productivity has fallen rapidly relative to per capital productivity in the USA.
(...)
While people can debate the present condition of Swedes in Stockholm versus blacks in Harlem, there is a deep issue here that people seem to forget when it comes to welfare states: they are destructive at their roots. Advocates of welfarism concentrate only upon distribution while vilifying production. Such a state of affairs cannot go on forever as governments are forced to cannibalize their own capital structure over time in order to make the system to continue to work.
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While they prattle on about their moral superiority and their egalitarianism, however, something else is happening. They are slowly becoming poorer and poorer, and the welfare state cannot save them. It can only accelerate their downward slide.
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