Esta sondagem mostra que as críticas às respostas dadas pelos vários níveis de autoridades envolvidas estão bastante divididas, não sendo unânime aquela crítica a Bush que a nossa imprensa quer fazer crer. Mas, também o facto é que, em Portugal, a imprensa quase só ouve gente ligada ao partido democrata e cita os jornais que quiseram eleger Kerry.
Apesar de tudo
Isto faz-me lembrar que os telejornais de hoje, na SIC e na TVI demonstravam uma indignação relativamente à forma "repressiva" como a retirada de Nova Orleães está a ser feita. O exército está a retirar as pessoas das casas a bem ou a mal. Resumindo, está a forçá-las a sair.
O mais intrigante é que agora os jornalistas de ditos canais utilizam expressões de compreensão para com os que ficaram para trás, afirmando que é o seu direito a ficar, numa estranha reviravolta ideológica que passou a ter como base o direito à propriedade e à decisão individual. Ora, não eram estes mesmos canais que há uma semana atrás criticavam fortemente a actuação "passiva" do governo federal? A falta de planos de evacuação? (quando muita gente ficou para trás - como é noticiado hoje - precisamente porque não deseja sair).
Como se consegue passar de estatista a anarquista numa semana? Que pergunta estúpida. Qualquer coisa que seja americana serve para dizer mal. Não interferiram na vontade das pessoas mesmo que isso as prejudicasse? Mal. Interferem na sua liberdade individual para as retirar de uma cidade-fantasma? Mal.
Criticar os EUA não é ser anti-americano. Criticar os EUA por tudo e por nada sim, é ser anti-americano. Especialmente quando se critica porque “os americanos” fazem X mas, em simultâneo, porque “os americanos” não fazem X.
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