Reparem bem na habilidade com que Jerónimo de Sousa responde à entrevista no DN [os sublinhados e os comentários entre parêntesis rectos são evidentemente meus]:
[O Admirável Mundo Novo visto pelo PCP]
[Ele acha que não mas não pode dizer por isso foge à pergunta e não responde. Jerónimo de Sousa nega também que a China esteja a adoptar uma economia de mercado. Note-se que no fim ele não repudia o modelo chinês, apenas se apresenta convicto de que não será o ideal para Portugal...]
Para uma crónica que é apelidada pelo DN de "directo ao assunto", esta entrevista deixa muito a desejar...
Que saudades do Grande Timoneiro!
[O Admirável Mundo Novo visto pelo PCP]
Preferia que Portugal tivesse permanecido à margem da Europa?
Preferia que fosse construída outra Europa, bem diferente. Uma União Europeia de povos e países iguais, que tenha como base de construção a coesão económica e social.
[Ele acha que não mas não pode dizer por isso foge à pergunta e não responde. Jerónimo de Sousa nega também que a China esteja a adoptar uma economia de mercado. Note-se que no fim ele não repudia o modelo chinês, apenas se apresenta convicto de que não será o ideal para Portugal...]
A China é um país que oprime os trabalhadores?[Novamente, ele acha uma coisa mas não o pode dizer à imprensa. À semelhança da questão anterior, foge à pergunta. Mais uma vez, não denuncia a ditadura norte-coreana e apenas apazigua o/a jornalista relativamente à sua aplicação em Portugal.]
O PCP e a China estiveram de relações cortadas durante muitos anos. Houve entretanto um processo de aproximação, de estudo e avaliação. Eles insistem na ideia de que podem construir o socialismo. Mas tenho a profunda convicção de que o modelo de sociedade que desejo para Portugal nunca será igual ao modelo da China.
Há liberdade num Estado comunista como a Coreia do Norte?
Acompanho o que se está a passar na Coreia do Norte. Quanto à forma como o partido [comunista] coreano age, tenho as mesmas - ou até mais fundadas - ideias de que não transportaremos aquele modelo para cá.
Para uma crónica que é apelidada pelo DN de "directo ao assunto", esta entrevista deixa muito a desejar...
Que saudades do Grande Timoneiro!
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