O Bruno passa-me a batata quente para que eu liste aqui 5 das minhas manias:
Pensei em encontrar várias formas de evitar o assunto. A primeira foi dizer que uma pessoa tão virtuosa como eu não pode ter "manias". Claro que depois percebi que era demasiado realista e ninguém iria acreditar. De seguida, pensei em dizer que não alinhava em brincadeiras infantis ou criancices mas depois entendi que alguém que me conheça pessoalmente acabaria por revelar que não passo 1 dia sem brincar às escondidas equipado da minha chucha. A minha última ideia foi dizer que não tinha tempo para futilidades mas depois toda a gente ia reparar que eu continuo a dizer disparates por aqui. Enfim, tive de me resignar e irei assim apontar 5 manias minhas, completamente verídicas, para total horror daqueles que me lêem:
1. Ir todas as manhas à janela para verificar que nenhuma flutuação quântica fez o Sol desaparecer desta galáxia e reaparecer do outro lado do Universo durante a noite. ["I like to think that the moon is there even if I am not looking at it." - Albert Einstein, referindo-se aos paradoxos gerados pela existência de probabilidades na mecânica quântica. Um texto interessante sobre este assunto: Does the moon exist only when someone is looking at it?]
2. Recapitular todos os passos da demonstração do último teorema da Fermat, todos os dias a seguir ao almoço. [Não se deixem enganar pelo curto resumo acima referido. A demonstração ocupa umas 150 páginas]
3. Usar constantemente um chapéu feito de folha de alumínio para impedir a entrada de ondas electromagnéticas no cérebro e evitar que alguém leia ou controle a minha mente, especialmente o Procurador-Geral da República.
4. Fingir que sou um ser humano, de vez em quando, para não levantar suspeitas que possam atrair as atenções do governo americano e dos MIB.
5. Ao fim do dia, deixar correr bastante água das torneiras para me certificar de que ela continua molhada.
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E agora, para evitar que esta entrada se torne ainda mais séria do que já é, vou nomear 5 manias completamente fictícias:
1. Esquecer-me de acertar a hora dos relógios quando o governo decide aumentar ou diminuir o meu horário civil em 1 hora. É possível que um relógio de pulso que uso diariamente passe semanas sem ser acertado. Provavelmente, dentro de poucos meses terá a hora certa.
2. Gostar de sentir o cheiro do papel usado nos livros. Uma vez, um conhecido disse-me, quando lhe contei isto, que devia deixar de ler a Playboy, num tom jocoso. Não sei se sou eu que nunca ouvi falar de uma Playboy em formato livro ou se era ele que as encadernava.
3. Ter tendência para fazer ironias dentro das próprias ironias. Isto leva a demasiadas confusões já que muita gente que me conhece há anos não consegue distinguir quando falo a sério, nem mesmo quando o expresso à partida. Como neste parágrafo, por exemplo. Uma vez, uma colega disse-me que eu era "um daqueles rapazes que nunca se sabia o que queria mesmo dizer" (sic). Eu fiquei contente por, obviamente, nunca a ter pedido em casamento a brincar.
4. Tentar, inutilmente, abrir os olhos quando acordo. Mais tarde, acabo por compreender que para abrir os olhos, devia ter tentado acordar primeiro. Infelizmente, o dia já começou há umas horas atrás.
5. Insistir em falar com pessoas que não têm o mínimo interesse no que dizemos. Aquele tipo de pessoas a quem podemos estar a explicar durante 30 minutos um processo extremamente específico e depois somos interrompidos para ouvir um comentário de relevância extraordinária como: "tens aqui um cabelo na camisola!". Por alguma estranha razão, acabo sempre por me esquecer que as mesmas pessoas são assim e volto à carga, noutra ocasião, para mal da minha paciência. E sanidade mental.
E agora, a minha demonstração de desobediência civil. Pronto, já está. Talvez um dia isto me valha uma adesão grátis ao Bloco de Esquerda. É que actualmente é preciso avançar com um investimento capitalista de 25 euros.
"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
Pensei em encontrar várias formas de evitar o assunto. A primeira foi dizer que uma pessoa tão virtuosa como eu não pode ter "manias". Claro que depois percebi que era demasiado realista e ninguém iria acreditar. De seguida, pensei em dizer que não alinhava em brincadeiras infantis ou criancices mas depois entendi que alguém que me conheça pessoalmente acabaria por revelar que não passo 1 dia sem brincar às escondidas equipado da minha chucha. A minha última ideia foi dizer que não tinha tempo para futilidades mas depois toda a gente ia reparar que eu continuo a dizer disparates por aqui. Enfim, tive de me resignar e irei assim apontar 5 manias minhas, completamente verídicas, para total horror daqueles que me lêem:
1. Ir todas as manhas à janela para verificar que nenhuma flutuação quântica fez o Sol desaparecer desta galáxia e reaparecer do outro lado do Universo durante a noite. ["I like to think that the moon is there even if I am not looking at it." - Albert Einstein, referindo-se aos paradoxos gerados pela existência de probabilidades na mecânica quântica. Um texto interessante sobre este assunto: Does the moon exist only when someone is looking at it?]
2. Recapitular todos os passos da demonstração do último teorema da Fermat, todos os dias a seguir ao almoço. [Não se deixem enganar pelo curto resumo acima referido. A demonstração ocupa umas 150 páginas]
3. Usar constantemente um chapéu feito de folha de alumínio para impedir a entrada de ondas electromagnéticas no cérebro e evitar que alguém leia ou controle a minha mente, especialmente o Procurador-Geral da República.
4. Fingir que sou um ser humano, de vez em quando, para não levantar suspeitas que possam atrair as atenções do governo americano e dos MIB.
5. Ao fim do dia, deixar correr bastante água das torneiras para me certificar de que ela continua molhada.
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E agora, para evitar que esta entrada se torne ainda mais séria do que já é, vou nomear 5 manias completamente fictícias:
1. Esquecer-me de acertar a hora dos relógios quando o governo decide aumentar ou diminuir o meu horário civil em 1 hora. É possível que um relógio de pulso que uso diariamente passe semanas sem ser acertado. Provavelmente, dentro de poucos meses terá a hora certa.
2. Gostar de sentir o cheiro do papel usado nos livros. Uma vez, um conhecido disse-me, quando lhe contei isto, que devia deixar de ler a Playboy, num tom jocoso. Não sei se sou eu que nunca ouvi falar de uma Playboy em formato livro ou se era ele que as encadernava.
3. Ter tendência para fazer ironias dentro das próprias ironias. Isto leva a demasiadas confusões já que muita gente que me conhece há anos não consegue distinguir quando falo a sério, nem mesmo quando o expresso à partida. Como neste parágrafo, por exemplo. Uma vez, uma colega disse-me que eu era "um daqueles rapazes que nunca se sabia o que queria mesmo dizer" (sic). Eu fiquei contente por, obviamente, nunca a ter pedido em casamento a brincar.
4. Tentar, inutilmente, abrir os olhos quando acordo. Mais tarde, acabo por compreender que para abrir os olhos, devia ter tentado acordar primeiro. Infelizmente, o dia já começou há umas horas atrás.
5. Insistir em falar com pessoas que não têm o mínimo interesse no que dizemos. Aquele tipo de pessoas a quem podemos estar a explicar durante 30 minutos um processo extremamente específico e depois somos interrompidos para ouvir um comentário de relevância extraordinária como: "tens aqui um cabelo na camisola!". Por alguma estranha razão, acabo sempre por me esquecer que as mesmas pessoas são assim e volto à carga, noutra ocasião, para mal da minha paciência. E sanidade mental.
E agora, a minha demonstração de desobediência civil. Pronto, já está. Talvez um dia isto me valha uma adesão grátis ao Bloco de Esquerda. É que actualmente é preciso avançar com um investimento capitalista de 25 euros.
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