Os primeiros que apontam o dedo aos eleitores que votaram em Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Valentim Loureiro, etc. são também os mais fervorosos crentes no processo de eleição democrática e no regime democrático em si. A sua evidente contradição nasce da dicotomia interna que nutrem ao aceitar a democracia e, em simultâneo, criticar os ditos eleitores pela sua escolha pessoal.
Ou se aceita a democracia e se compreende que esta implica o centro de decisão como o próprio individuo ou se é completamente sincero e se admite que estaríamos melhor sem ela. E neste caso, das duas uma, ou defendemos uma democracia parlamentar em que só uma certa classe de ilustrados tem direito de voto ou concordamos que a existência de um governo eleito é inaplicável e vivemos melhor num sistema ditatorial ou num em que o governo simplesmente não existe.
Ou se aceita a democracia e se compreende que esta implica o centro de decisão como o próprio individuo ou se é completamente sincero e se admite que estaríamos melhor sem ela. E neste caso, das duas uma, ou defendemos uma democracia parlamentar em que só uma certa classe de ilustrados tem direito de voto ou concordamos que a existência de um governo eleito é inaplicável e vivemos melhor num sistema ditatorial ou num em que o governo simplesmente não existe.
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