Parece que a ONU designou há uns dias Jorge Sampaio como enviado especial para combate à tuberculose no mundo. A aparente missão de Sampaio não é nada modesta. Segundo a notícia veiculada pelo Público, o ex-presidente fará parte do plano da ONU para, nada mais nada menos do que, "acabar com a tuberculose".
Esta lógica de exterminar os males do mundo por via de missões humanitárias é muito interessante e não acontece somente com as doenças infecto-contagiosas mas também com as guerras, a fome, a falta de recursos e de infra-estruturas, os acidentes rodoviários, outros cuidados médicos, etc. Regressamos, portanto, à portentosa ideia de que a boa vontade dos políticos dos países (ahem) avançados pode fazer alguma coisa para ajudar os outros povos quando estes nem sequer se podem ajudar a si mesmos uma vez que os seus governantes não querem nem estão propriamente com muita de o deixar. Segundo noticiado, Sampaio vai viajar por estes países para sensibilizar a comunidade internacional acerca do problema da tuberculose.
Honestamente, continuo a preferir o método da via legal. Se é para fazer estas tristes figuras, mais vale passar uma lei universal que seja aplicada em termos internacionais de forma a abolir de vez o bacilo da tuberculose. Assim, quando o bacilo pensasse atacar, já saberia que estava prestes a cometer uma ilegalidade e pensaria duas vezes. Nenhum bacilo da tuberculose deseja passar vários anos na solitária onde não pode sequer pensar em contaminar ninguém.
Este método é controverso mas, para além de ser mais económico (não se gasta dinheiro com as linhas aéreas executivas nem com o protector solar para o Sampaio), tem a vantagem de ser igualmente absurdo. O único problema é que provavelmente os ditadores destas áreas por onde Sampaio irá andar não ficariam muito contentes já que não haveria uma promoção tão grandes dos seus países e talvez os governos internacionais não fossem tão pressionados para enviar grandes doações ou perdoar as dívidas externas. É chato e sabemos que é difícil mas estes políticos terão de compreender que nem toda a gente pode ter uma limusine na sua família nem casas de banho banhadas a ouro. C'est la vie...
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Pequeno aparte: Portugal tem as piores estatísticas de incidência de tuberculose na Europa. Será que Mr. Sampaio aparece por cá?
Esta lógica de exterminar os males do mundo por via de missões humanitárias é muito interessante e não acontece somente com as doenças infecto-contagiosas mas também com as guerras, a fome, a falta de recursos e de infra-estruturas, os acidentes rodoviários, outros cuidados médicos, etc. Regressamos, portanto, à portentosa ideia de que a boa vontade dos políticos dos países (ahem) avançados pode fazer alguma coisa para ajudar os outros povos quando estes nem sequer se podem ajudar a si mesmos uma vez que os seus governantes não querem nem estão propriamente com muita de o deixar. Segundo noticiado, Sampaio vai viajar por estes países para sensibilizar a comunidade internacional acerca do problema da tuberculose.
Honestamente, continuo a preferir o método da via legal. Se é para fazer estas tristes figuras, mais vale passar uma lei universal que seja aplicada em termos internacionais de forma a abolir de vez o bacilo da tuberculose. Assim, quando o bacilo pensasse atacar, já saberia que estava prestes a cometer uma ilegalidade e pensaria duas vezes. Nenhum bacilo da tuberculose deseja passar vários anos na solitária onde não pode sequer pensar em contaminar ninguém.
Este método é controverso mas, para além de ser mais económico (não se gasta dinheiro com as linhas aéreas executivas nem com o protector solar para o Sampaio), tem a vantagem de ser igualmente absurdo. O único problema é que provavelmente os ditadores destas áreas por onde Sampaio irá andar não ficariam muito contentes já que não haveria uma promoção tão grandes dos seus países e talvez os governos internacionais não fossem tão pressionados para enviar grandes doações ou perdoar as dívidas externas. É chato e sabemos que é difícil mas estes políticos terão de compreender que nem toda a gente pode ter uma limusine na sua família nem casas de banho banhadas a ouro. C'est la vie...
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Pequeno aparte: Portugal tem as piores estatísticas de incidência de tuberculose na Europa. Será que Mr. Sampaio aparece por cá?
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