É interessante analisar como os indivíduos e a dimensão social que lhes está relacionada se comporta perante o conhecimento. A natureza da informação não apresenta restrições ainda que por vezes esteja apresentada de uma forma que impossibilite a perfeita recepção por parte do leitor/interlocutor devido a requisitos mínimos que seriam desejáveis e este não possui. Em nada isto permite concluir que todos os que não respeitam estas condições não estejam aptos a compreender resultados retirados com base nestas, como também não torna certo que todos os possuidores da chamada linguagem técnica compreendam totalmente todas as implicações do que está a ser estudado.
Vem isto a propósito da incrível presunção que existe na sociedade para falar de economia. Todos se julgam verdadeiros mestres da arte económica (e muito em particular da política económica), compreendendo os mais ínfimos pormenores e as razões pelas quais os governos devem agir de determinada forma. Certamente que, na maioria destes relatos, não existe qualquer coesão interna entre o que é afirmado mas isso pouca importa a quem prefere discorrer livremente sobre um assunto sem estar inibido pela sua destacável falta de análise crucial e eventual demonstração de desconhecimento sobre os assuntos em causa.
Independentemente da refutação, esta casta julga-se infinitamente conhecedora - por ser mais experiente ou conhecer de alguma forma o meio em questão - e encontra-se completamente fechada a qualquer crítica veiculado por meios externos fornecidos via espírito crítico ou apresentação de dados relevantes que refutam a fugaz tentativa frustrada da tese às três pancadas, feita em cima do joelho.
Conta-se que Milton Friedman, prémio Nobel da economia nos anos 70, terá dito que a economia é uma ciência demasiado importante para ser deixada apenas aos economistas. Certo é também que Murray Rothbard, uma das grandes figuras da Escola Austríaca, disse que todos tinham o direito a ser ignorantes em matérias económicas mas que era de uma total irresponsabilidade ter uma opinião indignada e activista enquanto se mantivessem nesse estado de ignorância.
E aqui reside o mistério da vida. Se as pessoas delegam quase por completo o conhecimento científico de outras áreas - que afectam igualmente todos os nossos dias - aos mais aptos, porque o negam completamente quando se trata de assuntos de cariz económico? Quase ninguém irá tentar desautorizar uma pessoa que discuta numa conversa de café sobre a influência das ideias românticas nos movimentos nacionalistas e independentistas do séc. XIX ou sobre a importância que as forças de Van der Waals têm na química molecular. Ainda assim, basta referir um projecto de investimento público, a aprovação de uma lei laboral ou o significado da existência de um défice comercial para que se inicie uma discussão extraordinariamente acesa em que todos julgam ter uma opinião válida, mesmo que não compreendam uma parcela significativa das variáveis envolvidas nem estejam dispostos a discuti-las com base em asserções lógicas.
Também como dizia Churchill, um fanático é alguém que tem uma ideia fixa e inflexível e não consegue, de modo algum, mudar de tema.
Vem isto a propósito da incrível presunção que existe na sociedade para falar de economia. Todos se julgam verdadeiros mestres da arte económica (e muito em particular da política económica), compreendendo os mais ínfimos pormenores e as razões pelas quais os governos devem agir de determinada forma. Certamente que, na maioria destes relatos, não existe qualquer coesão interna entre o que é afirmado mas isso pouca importa a quem prefere discorrer livremente sobre um assunto sem estar inibido pela sua destacável falta de análise crucial e eventual demonstração de desconhecimento sobre os assuntos em causa.
Independentemente da refutação, esta casta julga-se infinitamente conhecedora - por ser mais experiente ou conhecer de alguma forma o meio em questão - e encontra-se completamente fechada a qualquer crítica veiculado por meios externos fornecidos via espírito crítico ou apresentação de dados relevantes que refutam a fugaz tentativa frustrada da tese às três pancadas, feita em cima do joelho.
Conta-se que Milton Friedman, prémio Nobel da economia nos anos 70, terá dito que a economia é uma ciência demasiado importante para ser deixada apenas aos economistas. Certo é também que Murray Rothbard, uma das grandes figuras da Escola Austríaca, disse que todos tinham o direito a ser ignorantes em matérias económicas mas que era de uma total irresponsabilidade ter uma opinião indignada e activista enquanto se mantivessem nesse estado de ignorância.
E aqui reside o mistério da vida. Se as pessoas delegam quase por completo o conhecimento científico de outras áreas - que afectam igualmente todos os nossos dias - aos mais aptos, porque o negam completamente quando se trata de assuntos de cariz económico? Quase ninguém irá tentar desautorizar uma pessoa que discuta numa conversa de café sobre a influência das ideias românticas nos movimentos nacionalistas e independentistas do séc. XIX ou sobre a importância que as forças de Van der Waals têm na química molecular. Ainda assim, basta referir um projecto de investimento público, a aprovação de uma lei laboral ou o significado da existência de um défice comercial para que se inicie uma discussão extraordinariamente acesa em que todos julgam ter uma opinião válida, mesmo que não compreendam uma parcela significativa das variáveis envolvidas nem estejam dispostos a discuti-las com base em asserções lógicas.
Também como dizia Churchill, um fanático é alguém que tem uma ideia fixa e inflexível e não consegue, de modo algum, mudar de tema.
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