A manutenção de uma elevada carga fiscal é negativa para o crescimento da economia e convida ao não pagamento.
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O socialismo, e a sua obcecada vontade de a todos igualizar, tem em Portugal um espaço de grande propagação.
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Em Portugal, ser proprietário, assumindo a titularidade dos bens, ser correcto e pontual no cumprimento das obrigações fiscais, ser diligente e trabalhador para ganhar mais dinheiro é um erro de graves consequências. Que fazer então? É simples: ter o menos possível em nome próprio, não declarar com exactidão o preço do que se compra e do que se vende, fugir o mais possível. Quem faz o contrário, como eu tenho vindo a fazer, ou é parvo ou está a cumprir promessa. Dizem uns quantos que a situação é esta enquanto todos não pagarem, que o problema está na fuga ao fisco. Não concordo: o problema está na elevada carga tributária e na progressividade dos impostos sobre o rendimento. Se os impostos forem mais baixos e existir uma taxa única ao nível do IRS, muitos mais pagarão e muito maior será o encaixe.
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É assim necessária uma revolução fiscal, não já uma mera reforma e desde logo porque o espírito e a filosofia dos constituintes de 1975 se mantém, nesta matéria, inalterado. Ele está presente quando nos impõe a progressividade do imposto, continua com os princípios subjacentes às mais valias, comporta-se de forma cega nas sucessões de pais para filhos, é implacável se trabalhamos mais e em função disso aumentamos o nosso rendimento e só se distrai, vá-se lá saber porquê, se lhe fogem e mentem. O que é isto? É socialismo fiscal, que pactua com as multimilionárias fortunas e descarrega a sua bílis na classe média. E estão os mais pobres felizes? Têm, em função desta política, reformas e pensões maiores? Não, não têm, bem ao contrário. Continuam pobres e agora com a companhia crescente dos novos pobres, acabados de sair do patamar intermédio da sociedade.
(via Tomarpartido)
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