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Friday, July 21, 2006

Guerras úteis

Há uns dias atrás, Luís Amado fez umas declarações muito vulgares acerca do repúdio total de Portugal quanto ao conflito no Médio Oriente. Na altura, nada disto era muito relevante mas a situação tem vindo a alterar-se de forma gradual.

O que está aqui em questão, e já é uma mania que no mesmo Ministério vem do tempo de Freitas, é falar indiscriminadamente em nome de Portugal. Como pode Luís Amado dizer que em Portugal se condena a escalada de violência no Médio Oriente quando vemos tanta gente beligerantemente excitada e elementos da extrema-esquerda absolutamente extasiados por terem encontrado mais um suposto pretexto para destilar o seu ódio natural contra o povo de Israel? Como pode isto ser verdade quando já se abandonou toda e qualquer vontade de analisar de forma realista e séria a situação peculiar de Israel e se cedeu puramente à discussão de reportagens-panfleto como se fossem factos e não elementos provenientes de uma guerra paralela de informação?

Para tanta gente de bem que regularmente se diz pacifista, há quem esteja seriamente a ser afectado por uma espécie de guerrite crónica. Talvez seja o efeito vasodilatador das temperaturas que se têm sentido.

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Nota: Uma notícia que de certeza não irá ser comentada pelos senhores acima mencionados. Relembrar que surge no decurso de uma guerra. Vamos esperar que o Hezbollah faça o mesmo. Mas esperemos sentados.

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