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Thursday, July 27, 2006

A coerência do costume

Há algo solenemente intrigante em todo o contexto de manifestações que se estão a desenvolver um pouco por todo o mundo contra as acções do Estado de Israel. Durante décadas, os ataques terroristas, seja no Médio Oriente ou em qualquer outro local do planeta, nunca conseguiram reunir tanto protesto, com tanta frequência, incidência, diversificação geográfica e indignação. Os apoiantes e simpatizantes destas causas, sempre tão preocupados com os efeitos da islamofobia e a discriminação das minorias étnicas/religiosas oprimidas (o povo hebreu perfaz cerca de 0,2% da população mundial ao contrário do islâmico que anda por volta dos 20%), parecem ignorar propositadamente todas suas defesas tradicionais, em nome de uma aliança com os que desejam a destruição completa dos pilares da democracia liberal sobre os quais assenta a maioria das nações tidas como de tradição ocidental. Talvez daí decorra tanta identificação mútua e a exigência já ensurdecedora do cessar-fogo imediato, uma vez que provavelmente se sentem a perder a guerra que já não se verifica apenas dentro das suas cabeças, mas também na fronteira entre o Líbano e Israel.

Ainda bem que o anti-semitismo é apenas um chavão qualquer inventado pela máquina de propaganda da direita pro-americana. Qualquer dia alguém até poderia sugerir que os nazis ou os restantes socialistas tinham alguma coisa a ver com tudo isto.

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Adenda: O artigo de Pablo Molina na Libertad Digital:

«La manifestación de este pasado jueves, convocada por PSOE, IU, sus sindicatos pantalla y una gavilla de organizaciones subvencionadas, coloca nuevamente a la izquierda ante sus contradicciones más flagrantes. Señores que no soportan a un cura católico, defendiendo al "Partido de Dios" formado por fanáticos islamistas, pacifistas jaleando a grupos terroristas y feministas radicales entusiasmadas con una subcultura que niega a la mujer sus derechos; todo ello aliñado con la foto inolvidable del presidente más insolvente de la Historia de España, luciendo simbología panarabista como un vulgar mozalbete camino del "insti".

La participación de renombrados activistas homosexuales en la algarada, entra ya de lleno en el terreno de la psicopatología. Los referentes morales que les despiertan más simpatía son el castrismo y el integrismo islámico. El primero encarcela a los gays para "reeducarlos", el segundo los ahorca para redimirlos.»

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