Toyota's totally bizarre recall
(via Tom Palmer)
Esta questão, para além de servir como forma de elucidação aos mais distraídos acerca da típica regulação por motivos de segurança (que reflecte o malefícios dos decisores políticos) e obrigar a Toyota a gastar mais milhões de forma aparentemente desnecessária e nefasta, demonstra uma das razões pelas quais o Estado não consegue "regular" devidamente seja o que for: falta de informação. O Estado não consegue ser, em simultâneo, especialista em todas as áreas do conhecimento e inovação tecnológica, não podendo, por essas mesmas razões, reclamar conhecer mais sobre um determinado sistema do que o seu respectivo produtor e analistas.
Este problema recorda, também nos EUA, o dos adoçantes artificiais. Um dos exemplos mais polémicos é o do aspartame, uma substância bastante duvidosa do ponto de vista médico (para além do tradicional problema que causa aos portadores de fenilcetonúria) e largamente utilizada em refrigerantes. Entre outras coisas, estudos médicos sugeriram que alegadamente poderia haver uma ligação do aspartame com tumores e lesões cerebrais, linfomas, mutações genéticas, leucemia, perturbações neurológicas, etc. Existe muita informação e também muita contra-informação dada a controvérsia sobre o assunto. Seria, portanto, de esperar que o aspartame tivesse uma quota de mercado reduzida por ser demasiado caro de produzir e possuidor de um risco relativamente elevado que os consumidores e os produtores não estariam dispostos a correr.
No entanto, acontece que a FDA (Food and Drug Administration), o corpo governamental que regula a qualidade dos alimentos e medicamentos nos EUA, deu carta branca aos produtores de aspartame nos anos 80. Adicionalmente, o governo subsidia a indústria nacional de produção de adoçantes artificiais e impõe restrições à importação de açúcar produzido no estrangeiro, através de tarifas alfandegárias. Ou seja, se todos estes efeitos forem reais, o Estado americano tem estado a apoiar o consumo de substâncias químicas potencialmente perigosas enquanto os produtores de alimentos e bebidas como os refrigerantes são desincentivados a usar açúcar e outros componentes portadores de um risco de saúde menor.
Ainda bem que os governos existem para proteger a nossa saúde. Pessoalmente, julgo que qualquer um ficará menos preocupado.
«Why would Toyota issue a recall designed to make vehicles less safe?
This fall, Toyota will voluntarily recall nearly 160,000 Toyota Tundra pickups so that they can be made less safe for children riding in the front seat.
No, that's not a mistake - at least not on our part.
The recall, announced Monday, is meant to make Tundras comply with a set of safety regulations. The rules say that vehicles built after 2002 must have a child-seat anchor system known as LATCH in the front seat if they also have a front-seat airbag shut-off switch.
The Tundras in question were built with an airbag shut-off switch but not the LATCH system.
The solution? Spend lots of money and inconvenience customers...to remove the airbag shut-off switch.
The move not only doesn't enhance the safety of these vehicles, it actually makes the vehicles unsafe for small children riding in the front seat.
Those shut-off switches exist because airbags can injure and even kill small children even in otherwise minor crashes.»
(via Tom Palmer)
Esta questão, para além de servir como forma de elucidação aos mais distraídos acerca da típica regulação por motivos de segurança (que reflecte o malefícios dos decisores políticos) e obrigar a Toyota a gastar mais milhões de forma aparentemente desnecessária e nefasta, demonstra uma das razões pelas quais o Estado não consegue "regular" devidamente seja o que for: falta de informação. O Estado não consegue ser, em simultâneo, especialista em todas as áreas do conhecimento e inovação tecnológica, não podendo, por essas mesmas razões, reclamar conhecer mais sobre um determinado sistema do que o seu respectivo produtor e analistas.
Este problema recorda, também nos EUA, o dos adoçantes artificiais. Um dos exemplos mais polémicos é o do aspartame, uma substância bastante duvidosa do ponto de vista médico (para além do tradicional problema que causa aos portadores de fenilcetonúria) e largamente utilizada em refrigerantes. Entre outras coisas, estudos médicos sugeriram que alegadamente poderia haver uma ligação do aspartame com tumores e lesões cerebrais, linfomas, mutações genéticas, leucemia, perturbações neurológicas, etc. Existe muita informação e também muita contra-informação dada a controvérsia sobre o assunto. Seria, portanto, de esperar que o aspartame tivesse uma quota de mercado reduzida por ser demasiado caro de produzir e possuidor de um risco relativamente elevado que os consumidores e os produtores não estariam dispostos a correr.
No entanto, acontece que a FDA (Food and Drug Administration), o corpo governamental que regula a qualidade dos alimentos e medicamentos nos EUA, deu carta branca aos produtores de aspartame nos anos 80. Adicionalmente, o governo subsidia a indústria nacional de produção de adoçantes artificiais e impõe restrições à importação de açúcar produzido no estrangeiro, através de tarifas alfandegárias. Ou seja, se todos estes efeitos forem reais, o Estado americano tem estado a apoiar o consumo de substâncias químicas potencialmente perigosas enquanto os produtores de alimentos e bebidas como os refrigerantes são desincentivados a usar açúcar e outros componentes portadores de um risco de saúde menor.
Ainda bem que os governos existem para proteger a nossa saúde. Pessoalmente, julgo que qualquer um ficará menos preocupado.
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