O Eyjafjallajökull tem estado por aí a expelir uma nuvem de cinza há uns dias, causando perdas diárias de dezenas de milhões de euros, e ninguém sabe exactamente quando vai parar. Uns dizem que talvez mais uma semana, outros sugerem que, se for como a última erupção do séc. XIX, pode durar dois anos de forma intermitente. Outros dizem que de momento é impossível fazer qualquer previsão realista. É importante notar que, com a informação de que se dispõe e usando os modelos geofísicos mais modernos, não se consegue sequer prever quanto vai durar uma erupção mínima de um vulcão de relevância duvidosa (já alguém tinha visto aquele nome antes?), mas que, mesmo assim, pode ter uma influência significativa no arrefecimento do clima terrestre, como já aconteceu com outras erupções no passado. No entanto, todos os dias a imprensa nos diz que podemos saber exactamente como vai ser o clima terrestre daqui a 50 ou 100 anos e que devemos tomar medidas castradoras no presente para evitar esse cenário apocalíptico praticamente inevitável. Isto é um exemplo clássico de húbris.
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