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Thursday, December 25, 2008

Feliz Natal


Trans-Siberian Orchestra - Christmas Eve/Sarajevo 12/24

Sunday, December 21, 2008

'combinado'

Há certas coisas que, de tão claras que são, simplesmente não necessitam de qualquer comentário adicional:
A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi ao Centro Nacional de Cultura apresentar o plano de combate à sida nas escolas.
Como tem sido hábito neste Governo, o acontecimento tinha a pompa e a circunstância do costume. Acabada a cerimónia, com os inevitáveis discursos da praxe, Ana Jorge pôs-se à disposição dos jornalistas para responder a mais algumas questões sobre aquela matéria. Acontece que Ana Jorge não estava sozinha. Estava acompanhada de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, que, como se sabe, tem andado na berlinda devido à guerra com os professores.
O jornalista da RTP aproveitou a ocasião e tentou naturalmente fazer uma pergunta a Maria de Lurdes Rodrigues sobre o assunto. Foi então que Ana Jorge saltou indignada com o comportamento do jornalista: 'O quê? O senhor não sabe o que está combinado? Que hoje só se pode fazer perguntas sobre esta cerimónia e sobre o plano de combate à sida nas escolas? Ainda por cima é a RTP, a televisão pública, a fazer uma coisa destas. E, depois, logo à noite, não sai a reportagem.'

Consumismo

A crise económica será combatida pelo aumento do investimento, incluindo o público, e não subindo o rendimento das famílias e empresas através da descida de impostos, disse José Sócrates, esta sexta-feira, perante uma plateia de empresários.
"Para a recuperação económica, o estímulo que podemos dar é mais investimento público. Ao reduzirmos os impostos, isso significa que estamos a dar mais dinheiro às pessoas, mas não quer dizer que elas o vão gastar", disse, ontem, o primeiro-ministro, na conferência do "Diário Económico" sobre tema "Como crescer em tempo de crise".
Isto é o exemplo clássico de políticas socialistas de sustentação keynesiana. Numa altura de crise, em que as pessoas reduzem o consumo e tentam, de forma espontânea, poupar os rendimentos por forma a ultrapassar as dificuldades que se avizinham, o primeiro-ministro defende que os impostos não devem ser reduzidos porque as pessoas não iriam gastar o dinheiro extra proveniente dessa redução.  É aproximadamente equivalente a dizer que, em vez de nos precavermos contra uma situação precária, todos deveríamos continuar a consumir ao mesmo ritmo, independentemente da conjuntura económica, ainda que esse comportamento nos possa conduzir rapidamente a uma situação de ruptura financeira pessoal. Ainda bem que se pode contar sempre com um socialista para lutar contra o materialismo.