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Sunday, November 18, 2007

Lies, damned lies and statistics


Desde 2003 que as estatísticas oficiais sobre a guerra do Iraque têm sido publicadas em catadupa quase ao segundo na imprensa, mostrando que centenas de militares americanos e civis iraquianos morrem a um ritmo elevadíssimo e que se dão ataques por todo o território constantemente, sendo de imediato usadas pelos mais críticos da guerra para demonstrar as desastrosas consequências da ocupação americana. Agora que, depois do recente reforço das tropas lá estacionadas, os iraquianos parecem começar a voltar a suas casas em várias localidades e o número de atentados parece estar a diminuir drasticamente, a reacção mais comum aparenta ser aconselhar algum cepticismo perante tais números e escrever análises sobre a fiabilidade das estatísticas. Se isto não é um exemplo clássico de confirmation bias, não sei o que será.

Adenda: Baghdad’s Weary Start to Exhale as Security Improves (via O Insurgente)

Sou um fugitivo agora

Abro o frigorífico e descubro que tenho um resto de parmesão ralado que passou já um dia do seu prazo de validade. Sinto a pulsação a subir de imediato e as extremidades do corpo a tremer descontroladamente. Corro para o lava-louça, desorientado, deitando o pouco que restava do nobre queijo pelo cano abaixo o mais rapidamente possível. Corto a zona onde podia ser vista a data e engulo-a sem hesitação. Visto um casaco à pressa, calço-me e vou rapidamente deitar o que resta do pequeno plástico no ecoponto, para não levantar suspeitas caso alguém dê por falta de uma embalagem de plástico que desapareceu de minha casa sem explicação. Só espero que a ASAE não tenha reparado em nada disto. Se eu desaparecer de súbito, já sabem o que me aconteceu.

Wednesday, November 14, 2007

Ainda não foi desta

Relativity passes new test of time

Einstein’s famous tenet of special relativity — that time slows down on a moving clock — has been verified 10 times more precisely than ever before. The result comes from physicists in Germany and Canada, who have timed the “ticking” of lithium ions as they hurtle around a ring at a fraction of the speed of light.

De Abril deste ano: Gravity Probe B backs general relativity

10 mais importantes estudos de psicologia social

Why We do Dumb or Irrational Things: 10 Brilliant Social Psychology Studies

"I have been primarily interested in how and why ordinary people do unusual things, things that seem alien to their natures. Why do good people sometimes act evil? Why do smart people sometimes do dumb or irrational things?" --Philip Zimbardo

Like eminent social psychologist Professor Philip Zimbardo, I'm also obsessed with why we do dumb or irrational things. The answer quite often is because of other people - something social psychologists have comprehensively shown.

Over the past few months I've been describing 10 of the most influential social psychology studies. Each one tells a unique, insightful story relevant to all our lives, every day.

But, the question is which one has the most to teach us about human nature? Which one gives us the most piercing insight into how our thoughts and actions are affected by other people?

Sunday, November 11, 2007

Efeitos nefastos da globalização


U.S. Army Sgt. Tierney Nowland teaches the Macarena to an Iraqi army soldier from 2nd Battalion, 1st Brigade during a break from a cordon and search mission in Ameriyah, Iraq, May 16, 2007. Nowland is a combat cameraman with the 982nd Signal Company out of Wilson, N.C.

Huevos - o la falta de ellos

Juan Carlos manda calar Chávez e gela cimeira

A cerca de uma hora do encerramento dos trabalhos da XVII Cimeira Ibero-Americana, em Santiago do Chile, o ambiente tornou-se muito tenso, com o Rei de Espanha, Juan Carlos de Borbón, a mandar calar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A cena passou-se depois de mais uma intervenção acesa de Chávez, que já no dia anterior tinha chamado "fascista" a José María Aznar, antigo presidente do governo espanhol. Ontem foi mesmo mais longe ao revelar conversas privadas com Aznar em que este, alegadamente, teria sido menos respeitoso para com os países mais pobres.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, estava no uso da palavra com ataques a empresas espanholas (visava em particular a Unión Fenosa), mas Chávez continuava a enviar alfinetadas em voz baixa. José Luís Rodriguez Zapatero decide falar e começar a defender o seu antecessor, coisa que não tinha feito no dia anterior. É então que o rei, sem meias-medidas, se chegou à frente na cadeira para que o vissem bem, olha para Chávez, estende a mão e solta: "Por qué no te callas?" Traduzido à letra, "por que não te calas?"

Cavaco e Sócrates respeitam divergências da Cimeira Ibero-Americana

Na conferência de imprensa conjunta, perto do final da XVII Cimeira Ibero-Americana de chefes de Estado e de Governo, Cavaco Silva e José Sócrates foram questionados sobre as diferenças políticas na América Latina e o discurso polémico do presidente da Venezuela, que criticou os EUA, o presidente brasileiro Lula da Silva e chamou "fascista" a José Maria Aznar.

«Nós não queremos uniformidade política, temos interesses comuns, temos uma história comum, isso não significa que pensemos todos da mesma forma, não pensamos, logicamente», disse o primeiro-ministro. «Mas também não temos a arrogância de achar que nós pensamos melhor que os outros, ouvimos os outros com respeito tal como os outros nos ouvem com respeito», precisou.

Referindo-se concretamente a Hugo Chávez, Sócrates sublinhou que a Venezuela «é um país amigo» e que «Portugal respeita os chefes de Estado dos países amigos, e respeita-os sempre que são eleitos em eleições livres e justas».

Por seu lado, Cavaco Silva lembrou que participou na primeira Cimeira Ibero-Americana, em 1991, e considera que existiu «uma evolução positiva», quer em termos económicos, quer políticos. «A democracia, apesar de tudo, está hoje mais espalhada pela América Latina mas reconheço que existem algumas diferenças na interpretação da liberdade e da democracia», admitiu.

Saturday, November 10, 2007

Concepções interessantes de paraíso

"The Christian... imagines the better future of the human species... in the image of heavenly joy... We, on the other hand, will have this heaven on earth."

-- Moses Hess, A Communist Confession of Faith, 1846